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O que significa ser mãe?
O que significa ser mãe? Esta é uma pergunta permeada por muitas respostas e, muitas dessas, têm sua origem no contexto histórico.
Ao pensarmos em mãe, em um contexto mais antigo, temos àquelas mulheres que foram educadas para serem boas esposas, educadoras, cuidadora de lares e transmissoras de valores aos filhos. Seus cuidados eram exclusivamente voltados aos filhos e a organização do lar, e o labor era costurar, fazer coletas, cozinhar e limpar a casa.
Mas os tempos mudaram... Hoje em dia podemos compará-las ao famoso comercial de “mil e uma utilidades”... Atualmente ela precisa ser uma profissional altamente competente, ser independente em nível emocional e econômico, ter um grupo de amigas para se divertir, ir a uma academia... Uff cansou... E, além de tudo isto, ser mãe. É isto mesmo, esta é a “supermãe” de hoje.
Fomos educados, culturalmente, a encontrar nas mães uma pessoa que nunca vai falhar. Mas, diante do contexto atual, encontrar esta pessoa infalível tem se tornado cada vez mais difícil. Com isto cria-se nas mães uma crença de não serem capazes... Elas acreditam ser “péssimas mães” por não cumprirem com suas próprias expectativas ou àquelas que são impostas pela sociedade.
As demandas sociais estimulam as mulheres, desde cedo, a pensar sobre a maternidade... sobre o ser mãe. São brinquedos e brincadeiras que carregam o simbolismo da vida adulta no “faz de conta” infantil (brincar de boneca, jogo de panelinhas, ensinar a ninar, são apenas alguns exemplos). Precisamos compreender que o ser mãe, embora a mulher já nasça biologicamente e anatomicamente para esta função, é a sociedade e a cultura que reafirmam tal posição. À mulher cabe decidir o seu destino.
Como apresentado acima, ser mãe não é natural... O ser mãe começa no sonho de poder segurar uma criança, de poder cuidar de um ser impotente, de criar uma imagem de um bebê sem antes ter sido concebido. Ser mãe é um processo...
Mas logo este sonho, diante das demandas da sociedade, apresentam as primeiras dificuldades - a de deixar o filho e ir ao trabalho. Aparece, então, a primeira sensação de ruptura na relação mãe-filho... A mãe, antes de tudo, é mulher e precisa continuar a sua vida. O filho não pode ser visto como um obstáculo, como alguém que atrapalha as demais esferas da mãe, mas como uma parte da existência desta. O trabalho, a família, o lazer, assim como o ser mãe, são papéis e momentos importantes da vida pessoal e relacional de uma mulher e devem ser mantidas.
Estar 100% presente e junto ao filho não significa ser uma excelente mãe, não significa ser uma mãe presente. Nesse mundo moderno é necessário organizar o tempo, é necessário fazer do momento junto ao filho um forte vínculo afetivo e demonstrar que não importa a quantidade de tempo quanto estão juntos, mas como, durante este tempo, estão juntos. Assim, o que deve ser valorizado é a qualidade das relações e o vínculo com os filhos.
A mãe não deve se sentir culpada por querer ficar um tempo sozinha, poder curtir um bom filme ou ler um livro recém-lançado. A completude não está somente no papel de ser mãe, mas na soma dos papéis de uma mulher. Os seus filhos se tornarão mais felizes à medida que sua mãe também estiver. Se você, mulher, conseguir organizar sua vida social, seu trabalho e também tiver tempo para os filhos, certamente vai ser mais feliz. Ao passo que algumas mães descobrem, tardiamente, que poderiam ter sido profissionais, esposas, mães, filhas e amigas.
Assim, para muitas, ainda há tempo. Portanto, viva intensamente cada momento de sua maternidade, sem culpa e sem arrependimento, pois a maternidade não tem tempo e nem momento, ela sempre fará parte da vida das mulheres que escolheram ser mães.
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